Shakespeare Projeto 39 traz a proposta de
montar todas as obras de William Shakespeare, e é no mínimo, um desafio dos
maiores que se possa enfrentar no teatro. A proposta é ousada em suas
proporções, pois será necessário dar vida a mais de oitocentos personagens, que
viveram na Inglaterra, na Itália, na Dinamarca, na Escócia, na Boêmia, na
Grécia, tudo isso visto pela ótica de um inglês que nunca saiu da Inglaterra e
viveu entre 1564 e 1606.
A ideia surgiu após a montagem do espetáculo “A Tempestade“ com direção de Marcelo Lazzaratto e atuação de Paulo
Goulart Filho, Tayla Ayala, André Guerreiro, Heitor Goldflus e grande elenco. Só esse projeto contratou por volta de 82 pessoas entre
técnicos, artistas e diretores. Baseado nessa experiência é possível afirmar
que o Shakespeare Projeto 39 deve
contratar por volta de 3198 pessoas.
Os personagens de
Shakespeare mostram todas as facetas do humano, em seus aspectos políticos e
sociais e também em seu mundo privado de sonhos e dos sentimentos mais
inconfessos. Nelson Mandela declarou que “Shakespeare tem sempre algo a nos
dizer”. Como nenhum outro dramaturgo, ele observou a natureza humana, em seus
defeitos e virtudes, em seus grandes gestos e também em seus gestos pequenos e
cotidianos, e retratou o homem e o teatro do mundo. Não se ocupou apenas de
reis e rainhas, de nobres, príncipes e poderosos, mas também olhou para o homem
comum, para os homens e as mulheres e as crianças em todas as camadas sociais,
observando seus comportamentos e retratando sua linguagem.
E foi por essa enorme
capacidade de documentar, e documentar com
generosidade, por essa
monumental capacidade de observar a natureza humana e os comportamentos que
permanecem até hoje.
Os mais importantes
diretores, atores, cenógrafos, iluminadores brasileiros, destaques em seus campos,
se engajarão, ao longo dos próximos dez anos, nesse ambicioso e
inovador projeto de montar 39 peças de Shakespeare, algumas das quais, nunca
antes encenadas no Brasil. O intuito é oferecer ao público brasileiro a
oportunidade ímpar de acompanhar o percurso dramatúrgico desse que foi eleito o
homem do milênio. Como escreveu há mais de 400 anos atrás, um contemporâneo e amigo,
o dramaturgo Ben Jonson, Shakespeare não pertence a uma época, mas a toda a
eternidade.
OBRAS MONTADAS PELO PROJETO
Nenhum comentário:
Postar um comentário